Acima destes órgãos encontramos a faringe, separada das fossas nasais pelo véu palatino.
Quando o véu palatino sobe, o som sai pela boca: é a voz normal, clara. Ao contrário, quando ele desce, a voz é anasalada.
COLOCAÇÃO DA VOZ
Sabendo como se produz a voz o ator deve aproveitá-la na sua colocação.
Podemos classificar a voz, de quatro maneiras: de cabeça, de nariz, de garganta, e de peito.
As vozes de nariz e garganta, são as menos usadas e somente servem para casos especiais.
São vozes com sons falsos, próprias para papeís cômicos e característicos.
Vejamos as duas principais: de peito e de cabeça.
A voz de peito, é a voz natural em todos nós, usada em qualquer gênero de papel e é a que cansa menos porque vem da respiração abdominal.
Em todas as situações usamos a voz de peito, quer quando chamamos alguém ou quando falamos baixo para outra não ouvir.
A voz de cabeça é pouco usada porque cansa e produz som falso.
A ironia, a zombaria, as vezes a interrogação e a mentira, tem mais ênfase quando demonstradas com a voz de cabeça.
Fácil é colocar a voz no peito, pois é a que usamos geralmente.
Para distingüi-la das outras, basta colocar a mão no peito e sentiremos a sua vibração.
EMISSÃO DE VOZ
É a força com que a voz é expelida, quer ao falar, sussurrar ou gritar.
A emissão da voz usada em teatro tem maior força que a comum.
Porém a emissão não deve ser usada em demasia: deverá ter um ponto médio que possibilite as várias modulações e as expanções vários sentimentos.
ENTOAÇÃO
É o grau de elevação e diminuição da voz.
Isto é o Tom.
A entoação não pode nunca ser confundida com a inflexão.
Entoação é o diapazão com que se diz uma frase. Inflexão é a modulação.
Podendo uma variar dentro da outra.
A entoação da voz pode ser aguda, média, grave, sendo a entoação média a mais usada, produzindo a voz do peito.
A entoação de cada frase tem que variar constantemente, ora num som, ora noutro.
Essa variação é que nos dá o ritmo da frase.
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