segunda-feira, 8 de novembro de 2010

AGATHA CHRISTIE

Dame Agatha May Clarissa Mallowan (Torquay, 15 de Setembro de 1890 — Wallingford, 12 de Janeiro de 1976), mundialmente conhecida como Agatha Christie, foi uma romancista policial britânica, autora de mais de oitenta livros. Seus livros são dos mais traduzidos de todo o planeta, superados apenas pela Bíblia e pelas obras de Shakespeare, com mais de 4 bilhões de cópias vendidas em diversas línguas.

Conhecida como Duquesa da Morte, Rainha do Crime, dentre outros títulos, criou os famosos personagens Hercule Poirot, Miss Marple, Tommy e Tuppence Beresford e Parker Pyne, entre outros.


Biografia

Nascida Agatha May Clarissa Miller em 15 de Setembro de 1890, Agatha Christie é conhecida como a Rainha do Crime. Os seus livros venderam bilhões de cópias em inglês, além de mais alguns bilhões em línguas estrangeiras, totalizando mais de 4 bilhões. Ela é a autora mais publicada de todos os tempos em qualquer idioma, somente ultrapassada pela Bíblia e por Shakespeare. Ela é a autora de oitenta romances policiais e coleções de pequenas histórias, dezenove peças e seis romances escritos sob o nome de Mary Westmacott. Agatha foi pioneira ao fazer com que os desfechos de seus livros fossem extremamente impressionantes e inesperados, sendo praticamente impossível ao leitor descobrir quem é o assassino.

Casou-se pela primeira vez em 1914, com o Coronel Archibald Christie, piloto do Corpo Real de Aviadores. O casal teve uma filha, Rosalind, e divorciou-se em 1928.

Durante a Primeira Guerra Mundial, Agatha trabalhou em um hospital e em uma farmácia, funções que influenciaram seu trabalho: muitos dos assassinatos em seus livros foram cometidos com o uso de veneno.

Em 1930, casou-se com o arqueólogo Sir Max Mallowan. Mallowan era 14 anos mais jovem que a escritora, e suas viagens juntos contribuíram com material para vários de seus romances situados no Oriente Médio. O casamento duraria até a morte da escritora.

Em 1971 ela recebeu o título de Dama da Ordem do Império Britânico.

Agatha Christie morreu em 12 de janeiro de 1976, aos 85 anos de idade, de causas naturais, em sua residência - Winterbrook, em Wallingford, Oxfordshire. Ela está enterrada no Cemitério da Paróquia de St. Mary, em Cholsey, Oxon.

A única filha da autora, Rosalind Hicks, morreu em 28 de outubro de 2004, também com 85 anos, de causas naturais. Os direitos sobre sua obra pertencem agora a seu neto, Mathew Prichard.

O Desaparecimento
Em 1926, seu marido Archie revela que está apaixonado por por outra mulher, Nancy Neele, e quer o divórcio. Em 8 de dezembro de 1926 o casal tem uma briga e Archie deixa sua casa Styles em Sunningdale, Berkshire, para passar o fim de semana com sua amante em Godalming, Surrey. Na mesma noite Agatha desaparece de sua casa deixando uma carta em sua secretária dizendo que está indo para Yorkshire. Seu desaparecimento causa clamor no público, muitos deles, admiradores de sua novelas. Apesar dos esforços para encontrá-la ela ficou desaparecida por 11 dias. Em 19 de dezembro de 1926, Agatha foi identificada como hóspede do Swan Hydropathic Hotel em Harrogate, Yorkshire, onde estava registrada sob o nome Teresa Neele, de Cape Town. Agatha não deu nenhuma explicação para o seu desaparecimento. Contudo dois médicos a diagnosticaram que ela sofria de fuga psicogênica, opnião que permanece divdida como a causa para o seu desaparecimento. Uma sugestão é que ela sofria de esgotamento nervoso, causado por uma propensão natural para a depressão, exarcebado pela morte de sua mãe, e pela infidelidade de seu marido. A reação pública ao desaparecimento foi muito negativa, com muitos acreditando ser um golpe publicitário, e outros especulando que ela tentava fazer a polícia acreditar que seu marido a matara.

A autora e sua obra


Agatha Christie passou a infância e a adolescência num ambiente quase recluso, pois sua mãe se encarregou de dar-lhe formação cultural, proibindo-a de freqüentar escolas públicas. Tinha trinta anos quando conseguiu publicar seu livro de estréia, O misterioso caso de Styles (1921).

Agatha Christie criou dois personagens inesquecíveis: o detetive belga Hercule Poirot, com suas prodigiosas celulazinhas cinzentas no cérebro, e Miss Marple, uma solteirona simpática, observadora sagaz e tão cerebral quanto o detetive belga. Antes de morrer, em 12 de janeiro de 1976, cuidou também de preparar a despedida de Miss Marple; e voltou a mansão Styles, cenário de seu primeiro livro, para encerrar a carreira de Poirot em Cai o pano.

Influência da mãe

Agatha começou a escrever sob influência da sua mãe, que a incentivou a criar um conto, para passar o tempo, enquanto Agatha, entediada, se recuperava de uma forte constipação que a deixara de cama. Ela chegou a duvidar da sua capacidade, mas conseguiu. Continuou a escrever, encorajada por Eden Phillpotts, um teatrólogo amigo da família. Quando já era famosa, disse que, durante muitos anos, se divertiu escrevendo histórias melancólicas, em que a maioria dos personagens morria.

O primeiro romance de Agatha Christie, O Misterioso Caso de Styles, foi escrito no final da Primeira Guerra Mundial, durante a qual ela trabalhou como enfermeira. Nele criou Hercule Poirot, o pequeno detetive belga que mais tarde se tornaria o personagem de crimes de ficção mais popular depois de Sherlock Holmes. Foi publicado em 1920

O Assassinato de Roger Ackroyd
Em 1926, após uma média de um livro por ano, Agatha Christie escreveu a sua obra-prima: O Assassinato de Roger Ackroyd. Este foi o primeiro dos seus livros a ser publicado pela editora Collins, e marcou o início de um relacionamento autor-editor que durou 50 anos e 70 livros. O Assassinato de Roger Ackroyd também foi o primeiro dos livros de Agatha Christie a ser dramatizado – sob o nome de Álibi – e a fazer sucesso no West End de Londres. A Ratoeira, a sua peça mais famosa, estreou em 1952 e é a peça de maior duração em cartaz da história. Ainda é encenada, no mesmo teatro de Londres, desde então

Ordem do Império Britânico
Agatha Christie tornou-se Dama da Ordem do Império Britânico em 1971. Morreu em 1976, e desde então vários livros seus foram publicados pós-morte: o romance de sucesso Um Crime Adormecido apareceu mais tarde naquele ano, seguido pela sua autobiografia e pela coleção de pequenas histórias Os Casos Finais de Miss Marple, Problem at Pollensa Bay e Enquanto Houver Luz. Em 1998, Café Preto foi a primeira das suas peças a ser adaptada para o teatro por outro autor, Charles Osborne

O Caso dos Dez Negrinhos
Um dos seus livros mais famosos, O Caso dos Dez Negrinhos (no original em inglês, Ten Little Niggers) - cujo título se baseia numa cantiga infantil tradicional de Inglaterra - causou muita polémica na época em que foi publicado nos Estados Unidos devido a preocupações com acusações de racismo; por esse motivo, edições mais recentes receberam o título And Then There Were None (E Não Sobrou Nenhum).

Cai o Pano
O livro "Cai o Pano", narrando a última aventura de Hercule Poirot, foi publicado um pouco antes da sua morte. Agatha disse, quando publicou a história, que preferia matar o seu personagem mais famoso para evitar publicações que ela não aprovaria, após a sua morte. Tanto "Cai o Pano" como "Um Crime Adormecido", o último livro da personagem Miss Marple, haviam sido escritos na década de 1940, devido à preocupação da autora em não sobreviver à Segunda Guerra Mundial - e também como uma forma de assegurar uma adicional fonte de renda para seu marido e sua filha, a quem ela legou os direitos sobre as obras - e ficaram guardados durante décadas no cofre de um banco.

Controvérsia
Em sua autobiografia, Agatha descreve o crescente distanciamento entre ela e o marido após a compra de uma casa no campo, quando ele se tornou afeito ao golfe, dedicando a maior parte dos seus fins-de-semana ao desporto. Mas a crise sobreveio quando, após a morte da sua mãe, Agatha precisou assumir a organização da propriedade da família, Ashfield, em Torquay. Ela e o marido combinaram que iriam fechar a sua casa, e ela passaria o verão em Ashfield com a filha Rosalind, enquanto Archibald Christie, que trabalhava em Londres, passaria a pernoitar no seu Clube, na cidade. Com a missão concluída, a família reencontrar-se-ia para uma viagem à Itália.

Agatha passou cerca de três meses separando, sozinha, os documentos e objetos antigos da família, decidindo o que seria doado, jogado fora, distribuído entre os parentes – tarefa que, combinada com o seu sofrimento pela morte da mãe, a mergulhou numa profunda depressão. Na data combinada, Archibald Christie chegou e disse que não desejava mais viajar; por fim, acabou por confessar que, durante a sua temporada sozinho em Londres, se envolvera com outra mulher (Nancy Neele), e queria o divórcio para se poderem casar.

Esses eventos levaram ao colapso nervoso, que culminou com o famoso desaparecimento da escritora.

Em Dezembro de 1926, o carro de Agatha foi encontrado abandonado, com as portas abertas, à beira de um lago, sem nenhum bilhete ou indício de seu paradeiro. Foram feitas buscas intensas, sem sucesso; falou-se de rapto, suicídio e assassinato; o marido infiel virou suspeito. No entanto, depois de 12 dias, o empregado de um hotel na cidade de Harrogate contactou a polícia, informando que uma hóspede do hotel parecia-se muito com as fotos divulgadas da escritora desaparecida. Chegando ao local, os investigadores constataram que se tratava de fato de Agatha Christie, que se havia registado no hotel sob o nome de Theresa Neele (o mesmo sobrenome da amante do seu marido).

A despeito das diversas teorias aventadas sobre o episódio – inclusive a acusação de que se tratara de um golpe publicitário – a autora jamais entrou em detalhes sobre o acontecido; a declaração oficial foi de que ela tinha sofrido um colapso nervoso, que provocara uma crise de amnésia temporária.

Embora em seus livros autobiográficos não haja quase nenhuma informação sobre o episódio de seu desaparecimento, acredita-se que, em "O Retrato", publicado sob o nome de Mary Westmacott, Agatha conte muito da sua história através da personagem Celia, que pensa em suicídio após ser abandonada pelo marido.

Morte da escritora
Agatha Christie morreu de causas naturais em 12 de Janeiro de 1976, deixando inconsoláveis milhões de leitores fiéis, e uma fortuna calculada em 20 milhões de dólares.





ALGUMAS FRASES DE AGATHA CHRISTIE

"Minha mãe me sugeriu escrever um conto para remediar o tédio de uma convalescença e eu lhe disse que não sabia fazê-lo. "Como você sabe isso se nunca tentou?", perguntou-me."


"Eu gosto de viver. Já me senti ferozmente, desesperadamente, agudamente infeliz, dilacerada pelo sofrimento, mas através de tudo ainda sei, com absoluta certeza, que estar viva é sensacional."


"Eis a melhor receita para um romance policial: o detetive nunca deve saber mais que o leitor." 



   


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